Um pouco por todo o lado, as cidades são “invadidas” por rotundas. Embora alguns discordem da quantidade, a verdade é que as mesmas servem para melhorar o trânsito e aumentar a segurança.
Ana Bastos, uma investigadora que se dedica há vários anos ao seu estudo, não tem dúvidas em afirmar que em “Inglaterra ou Austrália, a transformação de um cruzamento prioritário numa rotunda, traduz-se numa redução de 40 a 60 por cento na frequência dos acidentes e em mais de 95 por cento com menos vítimas mortais”.
As rotundas, inventadas em Inglaterra, são por isso uma necessidade para uma melhor regulação do trânsito nas cidades. Assim se cumpra o código da estrada, algo que alguns condutores parecem não conhecer bem neste caso concreto.
Algumas das rotundas existentes no nosso país, são de gosto duvidoso. Mas a verdade é que a segurança tem que se sobrepor à estética.
Por isso, neste artigo chamo à atenção da rotunda existente no Ingote. Não discuto a sua beleza, mas contesto a sua exagerada altura. Venhamos nós de que lado viermos, não conseguimos ver quem se aproxima da rotunda. Mais, em alguns casos, os carros estão já dentro da própria rotunda, sem que nos possamos aperceber disso. É um perigo para quem utiliza aquela rotunda, que é seguramente utilizada diariamente por milhares de veículos.
A terminar, deixo um apelo aos responsáveis: visitem o local, observem calmamente a horas de grande movimento e pensem em poder baixar a própria rotunda, de modo a que os condutores se possam aperceber de quem dela se aproxima. Até me admira que não tenham havido até agora acidentes graves neste local, a exemplo do que acontecem em outras, por sinal bem perto desta e que até tem melhor visibilidade.
In: Jornal “O DESPERTAR” – 23-04-2010
. Blogues