Sexta-feira, 22 de Janeiro de 2010

O futuro da demografia em Portugal

   As últimas notícias vindas a público, relacionadas com alta violência praticada no Algarve, maioritariamente por cidadãos estrangeiros, levam a que as vítimas mostrem vontade de regressar aos seus países de origem, dado que na sua maioria também são estrangeiros.

   Apesar destas notícias, a verdade é que o Eurostat (organismo europeu de estatística), prevê que a região do Algarve seja a que mais aumenta a sua comunidade estrangeira no nosso país, chegando aos 200 mil em 2030. Actualmente o Algarve tem 443 mil habitantes, prevendo-se que com este aumento chegue aos 564 mil habitantes. No futuro, um em cada três residentes nessa região, será estrangeiro.

   Em termos comparativos, a região centro tem actualmente 2 409 mil habitantes e prevê o Eurostat que até 2030 suba até aos 2 564 mil habitantes.

   No que respeita à imigração, Portugal é o sexto país da Europa que mais cresce, com um aumento de 1,1 milhões, bem abaixo dos 7,3 milhões em Espanha.

   Esta tendência não é igual em toda a Europa, onde “haverá dez Estados com redução de população: Alemanha, Polónia, Roménia, Hungria, Bulgária, Eslováquia, Lituânia, Letónia, Eslovénia e Estónia”.

   Estes dados imigratórios, também têm o seu lado positivo. É sabido que há uma quebra significativa entre os nascimentos e os óbitos no nosso país. Segundo o Eurostat, esse número irá situar-se nos próximos vinte anos, em menos 594 mil habitantes. Por isso, só a imigração irá alterar esta tendência de decréscimo de população a viver em Portugal. Assim, prevê-se que em 2030 vivam no nosso país, 11 317 mil habitantes.

   O país precisa de estar preparado para esta nova realidade de aumento de novos imigrantes. Muitos serão uma mais-valia para Portugal, mas existirão muitos outros que era bem melhor que não nos escolhessem para viver.

   Sou um adepto da regionalização e acho que ela pode vir a ter um papel fundamental no que serão as futuras regiões do nosso país, também no que respeita à imigração. Cada vez mais se exige aos decisores políticos locais, preferencialmente, que pensem o que deverão ser as novas regiões. Mais cedo ou mais tarde elas serão uma realidade em Portugal e vejo nisso mais vantagens que inconvenientes.

 

In Jornal "O DESPERTAR"  -  22-01-2010

publicado por José Soares às 09:00
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