Num destes fins-de-semana, fiz um programa que conheço bem. Participei nos já famosos “Cruzeiros do Douro”, num dos muitos barcos que fazem esse programa. É simplesmente espectacular poder usufruir dum tranquilo passeio de barco durante algumas horas, contemplando as deslumbrantes margens do Douro. A juntar a tudo isto, também fica na memória de todos, o excelente almoço serviço a bordo. Uma das curiosidades desta descida do Douro, é a passagem pelas barragens de Carrapatelo e Crestuma/Lever, com desníveis de 35 e 14 metros, respectivamente.
É sempre interessante mergulhar na história. Nesta viagem, era possível reviver o que era andar no comboio histórico, que é movido a carvão. Faz o percurso Régua/Pinhão/Tua/Pinhão/Régua. É um percurso extraordinariamente belo, acompanhado por cantares da região, adocicado com bolos típicos e vinho do porto. Já tinha feito este passeio e recomendava. Desta vez, o efeito foi completamente diferente. As pessoas foram ficando sujas de tanto carvão misturado no fumo, o que tornou a viagem mais desagradável que o esperado. Depois foram várias as avarias que obrigaram a longas e desagradáveis paragens, sem que houvesse qualquer explicação aos passageiros. A culminar esta má experiência, a passagem por um dos túneis encheu as carruagens cheias de fumo, deixando alguns passageiros maldispostos e outros até a roçar o pânico. Para algumas pessoas aquilo foi mesmo aflitivo.
Depois de tudo isto, não penso voltar a fazer a experiência no comboio histórico e, acho até que seria conveniente que, mantendo toda a traça original, se pudesse pensar em substituir o carvão pelo sistema eléctrico. Hoje em dia tudo é possível, inclusive a emissão de fumos que não sejam nocivos à saúde.
In Jornal “O DESPERTAR” – 10-07-2009
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