Fruto do empenhamento de alguns colegas do já longínquo “Curso de História 1994-1998”, foi possível a quem quis, participar e conviver com pessoas que foram (e algumas ainda são) importantes nas nossas vidas.
O convívio deste ano, que foi um jantar, decorreu no restaurante do Hotel D. Luís, do qual se pode avistar a lindíssima cidade de Coimbra em toda a sua plenitude.
Desta vez os inscritos não foram muitos, mas espero que essa ausência não sirva de desmotivação a quem se tem dado ao trabalho de reunir os ex-colegas de curso, convívio esse que é feito apenas uma vez por ano. Será que não podíamos todos fazer um pequeno esforço e reservar nas nossas agendas, um dia por ano, para recordar a nossa passagem pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra?
Espero que para o ano a participação seja maior e deixo os meus parabéns a todos aqueles que organizaram o jantar de ontem, véspera do dia do Cortejo da Queima das Fitas, hoje realizado com 95 carros.
Para a nossa história, fica o nome da comissão organizadora, a quem dou os meus parabéns e o meu abraço académico: Catarina Saraiva, Clara Serrano, Flora Domingos, Manuel Correia e Paula Campos.
Passeio em autocarro turistico por Coimbra
Grupo nacional de ex-dirigentes da ASPAS
Passeio no Rio Mondego no barco Basófias
Fruto da dedicação e empenhamento de alguns colegas, todos os anos tenho a oportunidade de rever amigos que foram importantes numa fase da minha vida – a universitária.
Este ano, o encontro decorreu ao almoço, precisamente no dia do cortejo da Queima das Fitas – 03/Maio/2009. Tal como o ano passado, o convívio decorreu no Restaurante Nacional, onde fomos impecavelmente tratados.
Durante mais de duas horas, foi possível por a conversa em dia, onde ficámos a par das novidades da vida de cada um, quer a nível pessoal quer a nível profissional. É curioso observar, as variantes profissionais daqueles que tiveram a mesma formação. São as circunstâncias da vida actual, que nos obriga, muitas vezes, a optar por uma profissão bem diferente daquela que a nossa formação recomenda. Isto, quando há profissão.
Mas, como o Curso de História é, provavelmente, o curso de maior cultura geral, isso também habilita os seus membros para assumirem as mais variadas funções. A título de exemplo, entre muitos outros, o caso da jornalista Fátima Campos Ferreira (do programa “Prós e Contras”), que é licenciada em História e é uma das maiores referências do jornalismo português.
A terminar, deixo uma palavra de parabéns aos doutores/organizadores do III Encontro do Curso de História 1994/1998: Catarina Saraiva, Clara Serrano, Flora Domingos, Manuel Correia e Paula Campos.
In Jornal: "O DESPERTAR" - 15-05-2009
http://odespertar.com/
Este video foi produzido e realizado por Manuel Correia
O grupo de sobreviventes do acidente aéreo ocorrido em Hong Kong, em 1999, escolheu desta vez a cidade de Coimbra para comemorar o 8º aniversário sobre a trágica data do acidente: 22 de Agosto de 1999.
Apesar de já terem passado oito anos, a verdade é que para mim e para todos aqueles que comigo sofreram tão trágico acidente, aquele dia está tão presente como estava nos dias imediatamente a seguir. O tempo passa, mas o medo continua. Uns vão conseguindo enfrentar o próprio medo; outros, nunca mais conseguiram andar de avião. Todos alteraram o modo como encaravam a vida. Por mim, vivo cada dia como se fosse o último. Um dia será, só espero que seja daqui a muitos anos.
Pessoalmente, não tenho uma opinião muito favorável em relação à Justiça. A razão é simples: é que passados oito anos, ainda continuo à espera que me façam justiça. A demora é tanta, que qualquer que seja a decisão, ela será sempre injusta. A justiça só se faz, quando as decisões são tomadas em tempo útil. Já morreram alguns sobreviventes do meu acidente, que nunca chegaram a ver a decisão da Justiça.
Todos os anos este grupo de sobreviventes, se reúne para comemorar a vida. Estes encontros, pela sua singularidade, são os maiores do mundo. É que não há tantos sobreviventes de acidentes aéreos, mais ainda do mesmo voo. Por isso, é natural a presença da Comunicação Social nestes encontros anuais.
Este ano o convívio começou com um excelente almoço no Hotel D. Luís. O grupo, a maioria composto por pessoas fora de Coimbra, tive a oportunidade de também desfrutar duma linda vista sobre a cidade. No fim do almoço e durante o café, foi tempo dos sobreviventes porem a conversa em dia. É a nossa terapia de grupo, tão do agrado da maioria.
Desta vez, propusemos algo diferente do habitual. No final do almoço, o grupo deslocou-se até à baixa da cidade, para fazer um passeio no Basófias. A opinião foi unânime: foi magnífico! De facto, e apesar das condicionantes que a areia do Mondego impõe ao trajecto do Basófias, todos gostaram de ver uma das partes mais bonitas de Coimbra através do barco.
Para aqueles que estiverem interessados em ver por aquilo que passámos, com vida, deixo um endereço na internet onde está registado o nosso acidente:
http://www.youtube.com/watch?v=N_grAqcO-GY
In Jornal CENTRO - 07/Novembro/2007
Como todos os anos acontece, alguns dos sobreviventes do acidente aéreo ocorrido em Hong Kong, a 22 de Agosto de 1999, encontraram-se para, principalmente, comemorarem o facto de estarem vivos. Às vezes, só passando por uma experiência tão traumática como aquele porque passámos, é que começamos a dar um outro valor à vida. É um bem precioso, para o qual nem sempre damos a devida atenção e importância.
Já vão fazer 6 anos em Agosto, que decorreu esse trágico acidente. Apesar disso, continua a haver um número significativo de pessoas, que faz questão de nunca faltar a estas reuniões. Ainda bem. Por poucos que sejam, continuam a ser os maiores encontros do mundo, de sobreviventes de acidentes aéreos. No nosso caso, do mesmo voo. Este ano, guardámos um minuto de silêncio em memória da nossa companheira Mécia Carapito, que acabou por falecer sem saber o resultado do nosso processo judicial. É lamentável, mas é assim que funciona a nossa justiça. Por mais papéis que se assinem, parece que o assunto está sempre na mesma. Talvez um dia tenha que dizer o que me vai na alma. Para já, também eu vou continuar a aguardar até que a minha paciência o permita, o decorrer deste longo processo.
Estes encontros, servem sempre para sabermos como vão os outros companheiros, pelo que estas reuniões deverão continuar, anualmente, apesar do desinteresse ou indisponibilidade de alguns. Apesar de tudo, espero que estejam bem. É uma terapia de grupo, que faz bem a quem participa nestes convívios. Este ano, foi em Fátima. Para o ano, logo se verá.
In "AURINEGRA" - 12-04-2005
www.aurinegra.com
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