À medida que o tempo passa, parece que cada vez tem menos importância comemorar o 25 de Abril do já longínquo ano de 1974. Após 31 anos sobre tão significativo acontecimento, começa a perder-se na memória colectiva o seu verdadeiro objectivo. Quem se lembra bem, os mais velhos, vai desaparecendo; para os mais novos, é uma data como qualquer outra.
Não só por formação, mas também por vivência, é uma data que faço questão de recordar, não esquecendo todos aqueles que sofreram e morreram para que nós hoje possamos viver em Democracia, apesar das várias tentativas de alguns em a enfraquecer.
Para melhor perceber quem sofreu os horrores dos ditadores, impus a mim próprio conhecer três locais: a Cadeia de Peniche, o Campo de Concentração do Tarrafal (Cabo Verde) e o Campo de Concentração de Auschwitz (Polónia). Os dois primeiros, já tive oportunidade de os conhecer e estudar; o terceiro, estou precisamente hoje a visitá-lo. Em futuro artigo, espero falar sobre esta visita.
Como faço parte duma geração onde a liberdade não existia, a guerra colonial era imposta e íamos presos só por pensar diferente, só por isso, ainda continuo a dizer com orgulho Viva o 25 de Abril.
In "AURINEGRA" - 26-04-2005
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