O desespero duma jovem mãe de apenas 15 anos, em querer recuperar o seu filho, obrigou a comunicação social a colocar o assunto na ordem do dia. A sociedade interessou-se pelo caso.
Dum modo geral e pelo que se viu inicialmente, o povo levantou-se em apoio a uma mãe/criança que quer o seu filho. É da natureza humana. Como muitos, também me interessei pelo caso e li tudo o que me foi possível. Abençoada internet. Um número significativo de comentadores, oficiais e de circunstância, colocou-se ao lado da jovem e critica a posição do tribunal.
Vamos aos factos. A jovem Ana Rita teve um filho quando tinha apenas 13 anos. O pai, com apenas 17 anos, só perfilhou o filho depois dum teste de paternidade. Para o tribunal e de acordo com o acórdão, “foi constatada que a habitação estava muita suja, com dejectos de quatro cães pela casa, comprimidos espalhados, cozinha desorganizada e com comida a apodrecer em cima da bancada”. Era de facto um quadro muito negro para ter uma criança, quanto mais duas. A acrescentar a esta problemática situação, a avó de Ana Rita, segundo o tribunal, tem “problemas de saúde mental”. O Tribunal de Cascais considerou que Ana Rita estava “numa situação de risco, em abandono escolar e sem família organizada capaz de fazer face ao seu bem-estar”. Apesar de tudo, o tribunal também considerou que a jovem mãe “demonstra ter competências maternais e afecto pelo menor quando está com ele”.
Foi por tudo isto que foi proposto à jovem que ela e o seu filho fossem colocados numa instituição para adolescentes com filhos. Compreensivelmente, a jovem Ana Rita, que na altura era uma criança com apenas 13 anos, não quis deixar a família e rejeitou porque “não conseguia dormir fora de casa e não queria deixar a mãe.”
Ao contrário de muitos e perante os factos provados, acho que o tribunal decidiu bem. Foi há dois anos.
Agora e perante um novo quadro, acho que o tribunal deverá reavaliar a situação e dar uma oportunidade à jovem Ana Rita de ser mãe. Pelo que se tem visto, ela merece essa felicidade. Como ela própria disse recentemente, “só quero que o meu filho venha para mim”. Seria bom que a sociedade não abandonasse estas duas crianças.
In Jornal “O DESPERTAR” – 26-06-2009
Às vezes nem quero acreditar naquilo que leio. Através do Correio da Manhã de 4/Junho último, fico a saber que a família da amiga duma aluna, composta por mãe, pai e dois tios, decidiu aplicar um correctivo a uma rapariga de 13 anos, por causa de um desentendimento na sala de aulas, onde a aluna agora agredida, teria atirado uma bola à cara duma colega.
O que é curioso é que esta família justiceira não tem quaisquer laços familiares, com as crianças em causa.
Esta notícia não passa nas televisões e é pena. Este caso ter-se-á passado à porta da Escola EB 2,3 do Viso, no Porto. O país insurge-se quando vê uma mãe russa, a bater no rabo da sua filha. Mas o que faz esse mesmo país, perante uma agressão a uma jovem de 13 anos, a soco e a pontapé, por quatro adultos, de que resultaram lesões ligeiras nas costas, na cabeça e num braço?
Sabemos que a Justiça é morosa e quanto isso revolta as próprias vítimas. Mas é completamente impensável que se apoie e promova uma sociedade justiceira, onde predomina a justiça pelas próprias mãos. Não sei qual vai ser o desfecho desta triste história. Mas espero sinceramente que os autores desta violência, gratuita e inqualificável, sejam exemplarmente castigados. Julgo até, que alguns dos focos de violência que temos assistido no nosso país, são alimentados pela falta duma punição exemplar. Se houvesse castigos correspondentes aos crimes cometidos, os seus autores talvez pensassem um pouco mais antes de os cometerem.
In Jornal “O DESPERTAR” – 19-06-2009
Não vale a pena negar os factos – o PS perdeu as eleições europeias e todos os outros ganharam. Valeu o voto militante, dado que a maioria de todos os outros optou pela abstenção, que atingiu os 63%. Com estes valores, numa democracia, nenhum partido responsável pode clamar vitória.
Na semana passada, a imprensa dava conta do falecimento de um senhor de 74 anos, por ter contraído uma infecção hospitalar nas Urgências do Hospital de Faro. A bactéria “Clostridium difficile” que terá causado a morte deste doente, já infectou 38 doentes daquele hospital, desde o início do ano.
Segundo o Correio da Manhã (CM), a Inspecção-Geral das Actividades em Saúde, ilibou o hospital das mortes ocorridas causadas pela referida bateria.
As infecções hospitalares são de facto preocupantes, dado que as mesmas já afectam cerca de 100 mil pessoas por ano. Com o envelhecimento da população, este número tem tendência para aumentar, dado que os mais idosos são mais vulneráveis a contrair esta infecção nosocomial (hospitalar).
Esta previsão de aumento de infecções hospitalares, foi confirmada ao CM por Cristina Costa, responsável pela Divisão e Controlo da Infecção Associada aos Cuidados de Saúde da Direcção-Geral de Saúde: “Antes morria-se de outro tipo de doenças mas, com o envelhecimento da população, que tem o sistema imunitário debilitado, e com alguns medicamentos, como os imunossupressores, há a tendência para o aumento dos casos de infecção hospitalar”.
Por mais evolução e cuidados que haja na Saúde, a morte está sempre garantida. É a dura realidade da nossa condição humana e, como diz o povo: “Quem de novo não vai, em velho não escapa”.
In Jornal: "O DESPERTAR" - 05-06-2009
A propósito do desaparecimento dum Avião da Air France no Oceano Atlântico, que fazia a viagem do Rio de Janeiro para Paris, fui convidado pelo Jornal “I” a comentar esta notícia e a relembrar o meu próprio acidente. Aqui fica o meu comentário que saiu hoje no jornal. Recorde-se que neste avião viajavam 228 pessoas e até esta hora ainda não foram descobertos os seus destroços.
Imagens de um avião no meio de uma tempestade, atingido por um raio.
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