Quinta-feira, 30 de Abril de 2009
Em entrevista ao “Campeão das Províncias” desta semana, a futura ex-deputada do Partido Socialista Matilde Sousa Franco fez uma afirmação que, se eu fosse deputado por Coimbra, ficaria preocupado em me voltar a candidatar à Assembleia da República, com o argumento que iria defender os interesses de Coimbra no Parlamento:
“Imensas vezes votei sozinha a favor de Coimbra”!
O que dizem os outros deputados por Coimbra, os quais foram eleitos, também, para defender os interesses deste distrito?
Noutro ponto, diz ainda a actual deputada, que foi cabeça de lista socialista por Coimbra:
“Teria gostado muito de ter tido um gabinete em Coimbra para receber as pessoas de cá, designadamente à segunda-feira”!
Sobre isto, o que diz o presidente da Federação do PS/Coimbra e também deputado, Victor Baptista? Estaria a sede distrital fechada para a sua cabeça de lista receber o eleitorado? Nesta entrevista, ficámos a saber que o líder do PS em Coimbra foi eleito “coordenador” dos deputados socialistas, “mas que as reuniões aconteceram de uma forma que não tiveram articulação, como acho que deviam haver e o contacto com o eleitorado foi menos do que gostaria”, afirmou Matilde Sousa Franco.
Depois de ler esta entrevista, espero que haja alguns esclarecimentos por quem tem responsabilidades para o fazer.
In Jornal: "CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS" - 30-04-2009
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Já não bastava a crise. Agora também Portugal corre riscos de ser atingido com a propagação da gripe suína, a qual se pode “transformar numa epidemia mundial”.
Como não há ainda vacinas para conter este risco de epidemia, há que seguir com atenção as orientações das entidades da Saúde, em especial da Direcção-Geral da Saúde.
A situação é de tal maneira preocupante, que levou a directora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, a convocar o comité de emergência e afirmar publicamente: “a doença está a evoluir muito rapidamente”, pelo que é preciso que todos os países estejam atentos a casos anormais de pneumonia ou de gripe.
A gripe suína é uma doença respiratória dos porcos e raramente é transmitida a pessoas. Mas, quando acontece, uma nova estirpe do vírus transmite-se entre humanos da mesma forma que uma gripe comum, através da saliva, pela respiração e pela fala. Também os sintomas são idênticos entre as duas gripes (suína e humana): febre, tosse, fadiga e dores musculares e nas articulações. Na gripe suína, há uma predominância maior de diarreia, vómitos e náuseas. Como ainda não há vacinas contra esta doença, só o Tamiflue o Relenza (medicamentos antivirais) podem fazer frente aos primeiros sintomas desta doença, os quais devem de imediato ser comunicados ao médico de família e outras entidades da Saúde.
A situação é de facto grave. No México já morreram mais de seis dezenas de pessoas e o surto da gripe suína já alastrou para os Estados Unidos. Há também casos suspeitos em Espanha, França, Canadá e Nova Zelândia. Em caso de dúvida, comecem por ligar à “Saúde 24” para o número 808 24 24 24.
In Jornal: "O DESPERTAR" - 30-04-2009
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Sexta-feira, 17 de Abril de 2009
A história que hoje aqui trago, ganhou para mim uma especial relevância, dado que sou pai de um bebé de meses. “Nas costas dos outros vemos nós as nossas”, diz o ditado popular. Por isso, este artigo é também um alerta para quem tem filhos pequenos.
Na semana passada, no Porto, duas mulheres romenas, tocaram à campainha da casa dum casal de brasileiros, a pretexto de pedirem um par de chinelos. O pedido era mais um desespero, pelo que a moradora foi sensível ao pedido. O coração obrigou-a a mandar subir as “visitas”.
Ao abrir a porta do apartamento, já com os chinelos pedidos e com o seu filho de sete meses ao colo, a cidadã brasileira foi logo empurrada e agredida pelas pedintes romenas, que pretendiam roubar-lhe o filho.
Perante a resistência e aflição da mãe, que não parou de gritar com todas as suas forças, as mulheres romenas acabaram por fugir, sem contudo conseguirem levar a cabo os seus criminosos intuitos.
Chamada ao local, a polícia até agora ainda não conseguiu apanhar as pedintes romanas, o que certamente deixavam mais descansados os pais do bebé.
Com as crianças todo o cuidado é pouco e aqui fica este alerta. Não deixa de ser preocupante o à vontade e a ousadia destas imigrantes romenas, cujas histórias estão quase sempre ligadas à mendicidade. Era bom que as autoridades tivessem uma acção mais incisiva e preventiva sobre estas imigrantes, na maioria das vezes ilegais no nosso país, cujas atitudes comportamentais fazem aumentar ainda mais a insegurança que se vive nos dias de hoje.
In Jornal: "O DESPERTAR" - 17-04-2009
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Quinta-feira, 9 de Abril de 2009
Durante dezenas de anos, tive um acordo com o Estado. Este, como pessoa de bem que se espera, dava-me segurança nos compromissos assumidos. Tinha a garantia da minha aposentação completa ao fim de 36 anos de serviço, independentemente da idade.
Agora, com 36,5 anos de serviço prestado ao Estado, este apenas me paga 46,75% do acordado comigo!? Sinto-me enganado pelo próprio Estado, aquele em que eu sempre confiei e defendi.
Perante alguém que não cumpre a sua palavra, seria para mim impossível continuar a descontar para uma coisa que já tinha direito, porque eu cumpri a minha parte. Era como se tivesse que pagar um carro duas vezes, apesar de ter acordado um único preço.
Por causa das crises, provocadas por outros, Durão Barroso/Ferreira Leite, primeiro, José Sócrates/Teixeira dos Santos, depois, impuseram novas regras a quem estava no final da carreira, sem qualquer respeito pelos direitos e compromissos assumidos. Penso que ainda estamos num estado de direito. Ou não? È caso para perguntar, onde está o Provedor de Justiça quando se aplicam leis com efeitos retroactivos? Serão constitucionais?
Se o exemplo vem de cima, como é que a mim me tiraram mais de metade da minha reforma, congelaram-me a carreira e o vencimento durante anos e depois vem a público (internet) que o Presidente da República recebe três reformas (Banco de Portugal, Universidade Nova de Lisboa e de Primeiro-Ministro) e um vencimento (Presidente da República)? Será verdade? Nem quero acreditar.
Um outro reputado economista do regime é Silva Lopes, ex-ministro das Finanças. Ainda recentemente, numa conferência, defendeu o congelamento dos salários dos trabalhadores. Atente-se ao que escreveu no Público o professor do ensino superior Santana Castilho: “Socorro-me de um estudo realizado pelo economista Eugénio Rosa para trazer à colação que aquele senhor: auferia mensalmente 102.562,30 euros quando, em Maio transacto, deixou a presidência do Montepio; por 4 anos de actividade naquela instituição, vai receber cerca de 4.000 euros de reforma mensal, que somará a outra da Caixa Geral de Depósitos e, ainda, a uma terceira, do Banco de Portugal; embora invocando a necessidade de descansar para sair do Montepio, aos 74 anos de idade, aceitou, de seguida, o cargo de administrador da EDP Renováveis, provavelmente em coerência com a sua visão de socialista e do mercado de trabalho. Obviamente que o pecúlio de Silva Lopes é legalmente imaculado”.
Porque será que aqueles que mais ganham é que pedem o congelamento e abaixamento dos salários dos trabalhadores?
A minha injusta penalização, é o preço que tenho de pagar pela minha liberdade. É o preço que pago para dizer o que sinto e penso. Não me peçam para ser masoquista, defendendo aqueles que nada respeitam. Não me peçam para me calar perante as injustiças.
Admito que muitas coisas poderão e deverão mudar. É a lei da vida. O que está mal deve ser mudado. Seria lógico e honesto, que algumas das novas medidas fossem aplicadas a quem começa agora a exercer a sua actividade. Os candidatos ao emprego público, teriam a possibilidade de recusar uma proposta que não lhes interessasse. Com as novas alterações governamentais quanto às aposentações da Função Pública e como já tive um acidente aéreo, sinto-me agora a fazer uma viagem de avião, quando já perto de chegar ao meu destino, o comandante informa que a viagem é mais longa e que temos de pagar mais pelo bilhete. Como não tenho mais dinheiro, ele descansa-me: sempre posso atirar-me do avião. Sem pára-quedas, claro.
Como trabalhador responsável, investi o máximo que podia na minha formação, para melhor servir a Administração Pública. Tirei uma licenciatura na Universidade de Coimbra, um curso de jornalismo no CENJOR, curso de formação de formadores e dezenas de cursos de formação. Na minha área profissional, recebi vários prémios nacionais e até internacionais. Cheguei a Técnico Superior da Administração Pública, com um vencimento (actual) mensal de 1.534,61 euros. Agora, após 36,5 anos de serviço ao Estado, sofro uma penalização de 53,25 % e saio da Função Pública com uma reforma de 717,52 euros!!!??? No fim de tanto estudo e tanta responsabilidade, saio a ganhar menos que um porteiro ou um jardineiro. Saio a ganhar menos do que a pessoa que me limpava o gabinete. Será que vivemos mesmo num estado de direito?
Nem a mobilidade voluntária com licença extraordinária me foi concedida, o que atenuava a injustiça destas penalizações. Para mim não foi possível, mas houve centenas a quem foram concedidas. Se quis subir na carreira, tive de sair de Coimbra, porque nos Hospitais da Universidade de Coimbra (onde trabalhei 31 anos) já não era legalmente possível abrir mais concursos para chefes de repartição. Depois de eu sair, afinal já foi possível abrir concurso para uma categoria que já estava dada como extinta!?
Para mim, chega de Estado e de injustiças. Se os deputados não querem ou não conseguem ver o alcance das leis que aprovam, não vejam. Pode ser que um dia alguém com sentido de Estado e de Justiça, e com responsabilidade para o efeito, venha repor aquilo que hoje é um perfeito absurdo, inqualificável a qualquer título.
Continuo a ser um socialista por convicção, mas defendo um socialismo justo, onde o esforço é repartido por todos e não só por alguns, sempre os mesmos. Podem tirar-me o ordenado, mas não me tiram a dignidade e a força de continuar a lutar contra todo o tipo de injustiças, independentemente de quem as comete.
Desde o dia um deste mês de Abril, que sou aposentado do Estado, com uma penalização de 53,25%, por ter cometido o crime de começar a trabalhar cedo.
José Soares (*)
(*) - Técnico Superior da Administração Pública (Saúde), aposentado.
In Jornal: "CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS" - 09-04-2009
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Foi com agrado que recebi recentemente a notícia, que o Eng.º José Carlos Fonseca, foi distinguido com o “William C. Carter Award” de 2009, promovido pela “International Conference on Dependable Systems and Networks (DSN)”. Este prémio é considerado como mais importante galardão mundial na área de Sistemas Confiáveis.
Conheci o José Carlos Fonseca, no âmbito de um trabalho sobre o Sistema de Informação para o Serviço de Imagiologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Fui coordenador administrativo daquele serviço nessa altura e tive oportunidade de acompanhar e colaborar (administrativamente e organizacionalmente) com aquele jovem engenheiro, simples e inteligente, que desenvolvia um mestrado em Engenharia Electrónica e Telecomunicações na Universidade de Aveiro.
Cada um na sua área, que se completavam, foi-nos possível elaborar um trabalho que foi marcante para o próprio serviço, também com a ajuda fundamental da Drª. Leontina Marques, do Serviço de Informática dos HUC.
Além desse trabalho específico para o hospital, o José Carlos Fonseca e eu, desenvolvemos um trabalho de divulgação dos resultados alcançados, pioneiro na área da Saúde, fazendo várias conferências no país e no estrangeiro. De memória, lembro-me de termos sido premiados e distinguidos em Coimbra, Covilhã, Açores, Braga (onde obtivemos o primeiro lugar numas jornadas internacionais) e no Rio de Janeiro – Brasil.
Por tudo isto, é também para mim um prazer e uma honra, ter colaborado com alguém que foi agora distinguido com um prémio internacional.
Os trabalhos raramente são individuais. Neste, integrado no âmbito do seu doutoramento, também a sua mulher, Dr.ª Paula Rebelo, professora de inglês, deu um relevante contributo na sua área de especialização.
Parabéns ao Eng.º. José Carlos Fonseca pela atribuição deste prémio, o qual vai ser-lhe entregue no próximo mês de Junho, no Estoril, na sessão de abertura da “International Conference on Dependable Systems and Networks”
In Jornal: "O DESPERTAR" - 09-04-2009
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Quarta-feira, 8 de Abril de 2009
É comum ouvir-se, quer dos especialistas, quer daqueles que nunca usaram o transporte aéreo, que as viagens de avião são o transporte mais seguro.
Apesar de eu próprio ir tendo perdido a vida num acidente aéreo no aeroporto de Hong Kong, em 1999, também acho que é relativamente seguro andar de avião.
Convém no entanto não ignorar os dados. Em 2007, houve 100 acidentes com aviões comerciais, de que resultaram 692 vítimas mortais. Em 2008, registaram-se 109 acidentes, nos quais morreram 502 pessoas.
Apesar de terem havido mais nove acidentes, morreram menos cerca de 100 pessoas. Para alguns será milagre. Para mim, a baixa mortalidade de 2008 em relação a 2007, deve-se essencialmente às melhores capacidades e conhecimentos dos próprios pilotos e do investimento que se tem feito na segurança dos próprios aviões. Só para citar alguns casos, relembro o acidente em Toronto (Agosto/2005), Londres (Janeiro/2008), Colorado (Dezembro/2008) e, mais recentemente, veio ao de cima a experiência dos pilotos, com a amaragem em Nova Iorque em Janeiro deste ano. Em todos eles, não houve vítimas mortais, felizmente.
As estatísticas dizem que viajar de avião é seguro. No entanto, os relatos dos acidentes aéreos sucedem-se. Os mais desatentos podem não ligar a estes relatos. Mas, para mim, que me transformei num “especialista” à força, a verdade é que os acidentes sucedem-se, com especial incidência nas descolagens e nas aterragens.
Ainda agora, em apenas 24 horas, ocorreram quatro acidentes aéreos, que provocaram 16 mortes. Estes acidentes aconteceram em países diferentes: Butte, Montana (EUA), no qual morreram 14 pessoas; Narita, no Japão, onde faleceram os dois tripulantes; Ilha de Batam, na Indonésia, um Boing 737 com 122 pessoas e em Istambul, na Turquia, com um avião de passageiros.
Mas nem tudo é mau em termos estatísticos. Para quem tem medo de andar de avião, aqui fica um dado importantíssimo: num milhão e 200 mil voos, há um acidente aéreo. E, já agora, diga-se que a TAP está entre as companhias aéreas mais seguras do mundo.
In Revista: "FOCUS" - 08-04-2009
In Jornal: "TREVIM" - 09-04-2009
Sexta-feira, 3 de Abril de 2009
Decorreu no passado dia 27 de Março, no ginásio do Pavilhão Eng. Augusto Correia, a Assembleia-Geral do Olivais Futebol Clube.
Foi uma reunião bastante participada e participativa, onde o presidente da Direcção, Carlos Ângelo, apresentou o relatório de actividades e contas do ano passado, o qual foi aprovado por unanimidade. Pelo exposto, os sócios ficaram a saber que a situação financeira não é a mesma do sucesso desportivo, pelo que é necessário todo o empenhamento e apoio dos sócios e amigos do Olivais.
Fundado a 6 de Fevereiro de 1935, o Olivais Futebol Clube já entrou nas comemorações dos seus 75 anos, tendo para isso apresentado recentemente um projecto ambicioso e compatível com a efeméride que, estou certo, o meu amigo Carlos Daniel irá dar o seu melhor com as responsabilidades que lhe foram atribuídas.
Todos sabemos das dificuldades que os clubes desportivos passam. Por isso, não é compreensível que haja pessoas ou instituições que devam dinheiro a esses clubes, dado que as receitas são sempre escassas para as crescentes despesas. No caso do Olivais, sem apoios, dificilmente o clube consegue manter o sucesso desportivo que tem conseguido.
Por uma questão de justiça, apresentei na Assembleia-Geral do Olivais uma proposta dum “Voto de Louvor” à equipa sénior feminina e sua equipa técnica, pela obtenção da Supertaça e pela conquista da Taça de Portugal. Esta proposta foi aprovada por unanimidade e aclamação.
Perante a crescente visibilidade do próprio Olivais, mais que justificada, não se percebe a ausência de empresas interessadas em assumir algum patrocínio às suas equipas. Até a própria imprensa passa ao lado da reunião magna do clube que tem somado distinções, prémios e títulos. Temos pena que assim seja, mas não vamos atirar a toalha ao chão. Todos precisam de despertar para o Olivais.
Termino com um público agradecimento à Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais e à Câmara Municipal de Coimbra, pelo apoio que têm dispensado ao Olivais Futebol Clube.
(*) – Vice-presidente da Assembleia-Geral do Olivais Futebol Clube
In Jornal: "O DESPERTAR" - 03-04-2009
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In Jornal: "OLIVAIS COIMBRA" - 17-04-2009