Chama-se Mário Ribeiro, tem 25 anos, mas ficou conhecido por Big Mário através do programa que lhe trouxe fama, o primeiro Big Brother apresentado pela TVI. Por causa desse programa e do seu exemplar comportamento, teve o mundo a seus pés. Parecia que ia viver uma vida de príncipe. Na altura, só se previa que tudo de bom lhe iria acontecer. Passeava de Ferrari e tinha uma legião de fãs atrás dele. Era por eles respeitado e por elas amado. A sua presença era garantia de casa cheia. Dum minuto para o outro, viu-se na pele dum autêntico artista de cinema ou de televisão.
Todo este sonho começou em 2002. Agora em 2006, vive um pesadelo que ninguém imaginou, nem ele próprio. Pela primeira vez na sua ainda curta vida, vai passar o Natal fora da família. Pior ainda, vai ter que passá-lo na Cadeia de Custóias, acusado de cinco crimes de roubo qualificado, três de falsificação de documentos, um de associação criminosa, um de furto qualificado, um de posse de arma ilegal, um de dano e um de incêndio. É muita acusação para um homem só.
Apesar da gravidade destas acusações, a família do ex-concorrente do Big Brother acha que tudo não passa de manipulação de testemunhas, feita pela Polícia Judiciária. Isso mesmo foi referido pelo seu pai, Mário Morais Ribeiro, à revista Mulher Moderna de 18 de Dezembro deste ano: A Judiciária manipulou as pessoas para dizerem o que na altura era o mais agradável para os poder prender, pois primeiro foram apresentadas queixas contra desconhecidos e depois disseram que os conheciam.
Se a família pensa assim, as alegadas vítimas têm uma opinião bem diferente. Antero Mosca, uma das eventuais vítimas do Big Mário, disse ao jornal Crime que aquele dia 11 de Outubro de 2005, foi um verdadeiro inferno. As palavras deste doente cardíaco àquele semanário, não deixam muitas dúvidas: Entraram disfarçados, com uma roupa a Rambo, tipo camuflado. Ainda peguei no telemóvel e liguei para o 112, mas o Mário apanhou-me e apontou-me uma arma à cabeça. Obrigaram-me a ir para o fundo do armazém, de joelhos, e amarraram-me as mãos atrás das costas com fita PVC. Entretanto, a Paula (a mulher) chegou à loja e foi trancada na casa de banho com uma nossa funcionária. A partir daí, esvaziaram as prateleiras e fugiram.
A divergência de opiniões entre a família de Mário Ribeiro e as alegadas vítimas, são notórias. Cabe agora ao tribunal apurar de que lado está a verdade. Mas terá que o fazer até ao próximo dia 16 de Fevereiro. Esta é a data limite para o Big Mário ficar em prisão preventiva, situação em que se encontra há 10 meses. Até lá, o tribunal terá que p condenar, se conseguir provar a sua culpabilidade, ou o deixe sair em liberdade condicional.
Tenha o Natal o significado que tiver para cada um de nós, a verdade é que é uma altura do ano que procuramos a aproximação da família. Desta vez, o ex-Big Brother irá passar o Natal na cadeia. Se vier a ser condenado, ele que aproveite bem o tempo de reclusão e que pense que qualquer que seja a dificuldade que tenha na vida, é sempre preferível enfrentar os problemas em liberdade. Se se provar a sua inocência, como defende a família, então que aproveite bem esta segunda oportunidade que a vida lhe está a dar. Como diz o povo, quem não quer ser lobo, que não lhe vista a pele. Quando vejo um jovem como este, passar por estas situações quando tem tudo para ser feliz, lamento profundamente. Mais ainda, quando todos sabemos que a cadeia não reeduca ninguém e que as amizades que agora está a fazer, são circunstanciais.
Aproveito para desejar a todos quantos tornam possível a existência do AURINEGRA, um Feliz Natal.
In AURINEGRA - 21-12-2006 - www.aurinegra.com
In O DESPERTAR - 29-12-2006 - www.odespertar.com.pt
Entrámos no mês do Natal! Um pouco por todo o lado e em excesso nas zonas comerciais, os símbolos natalícios estão em força para não deixar passar esta data em claro.
Figura emblemática desta época é o Pai Natal. Mas quem é e como apareceu tão carismática figura, que envolvida em mistério para os mais pequenos, consegue ser afável, simpático e generoso. É impossível ficar indiferente à sua história e às suas réplicas espalhadas por onde andam as crianças escolas, centro comerciais, etc.
Para sabermos um pouco mais sobre o Pai Natal, temos de recuar bastantes anos, mais precisamente ao Século IV a.C. Foi nessa altura que nasceu e morreu São Nicolau, que foi bispo de Mira, localidade junto à costa da Turquia. Era um homem humilde, mas também muito generoso. Não se sabendo muito bem porquê, talvez pela sua bondade, habituou-se a deixar haveres e valores junto à porta dos mais carenciados. Batia à porta e desaparecia de seguida sem ser visto. Mas, um dia, ao deixar uns sacos de ouro para que um pai pudesse pagar o dote das filhas, foi surpreendido pelo destinatário da grandiosa oferta e foi o fim do seu bem guardado segredo. A partir do momento em que esta faceta de São Nicolau foi descoberta, qualquer prenda anónima que aparecesse, era a ele atribuída.
A sua atitude em presentear os mais carenciados foi de tal maneira importante, que a data provável da sua morte 6 de Dezembro passou a ter carácter festivo, onde as crianças que se portassem bem eram presenteadas com doces e frutos secos.
Muitos séculos mais tarde, Martinho Lutero implementou a sua reforma, onde, entre muitas outras coisas, tentou atribuir o significado das prendas ao menino Jesus e não a São Nicolau. Tal intento não foi conseguido, devido à forte vaga de emigrantes europeus para a América do Norte, espalhando a fama generosa do Pai Natal.
Durante muitos séculos, a imagem do Pai Natal era de um homem vestido de fato preto. Perdeu esta indumentária em 1931, devido a uma forte e bem sucedida campanha publicitária da Coca-Cola, passando o Pai Natal a ser visto como um homem idoso, afável, com longas barbas brancas, vestido de vermelho e que é transportado por renas, para entregar prendas às crianças que se portarem bem.
Apesar de haver muitas histórias sobre o Pai Natal, ainda hoje é assim que reza a lenda.
In AURINEGRA - ??-12-2006 - www.aurinegra.com
Ainda agora foi aprovada a proposta de referendo sobre a despenalização do aborto e já há grandes movimentações para a possível legalização de clínicas da especialidade, com os espanhóis a tomarem a dianteira.
Precisamente no dia em que o Parlamento aprovou a referida proposta, já a conhecida clínica espanhola Los Arcos, através da sua directora Yolanda Hernandez Dominguez, anunciava que ia abrir uma Unidade para a Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG), independentemente do resultado do referendo. A própria Direcção-Geral de Saúde confirma ter sido já contactada por esta e outras clínicas da especialidade. A convicção da abertura da nova unidade de IVG por parte de Yolanda Dominguez, assenta na actual legislação, a qual já permite o aborto legal em três situações bem específicas: quando a mãe está em perigo, em caso de má formação do feto ou em caso de violação. Confirmando-se a abertura desta unidade de IVG, ela virá a empregar cerca de 40 pessoas, todas portuguesas.
À partida estas unidades privadas de saúde são de sucesso garantido. Por um lado, os hospitais não têm possibilidades para dar respostas às solicitações, caso o referendo opte pelo sim à despenalização do aborto até às primeiras dez semanas; por outro, os preços praticados na clandestinidade (500 a 600 euros) são superiores aos da clínica Los Arcos, em Espanha, onde os preços rondam os 325 e os 450 euros. Com a vitória do sim no referendo, que a acontecer será entre Janeiro e Fevereiro do próximo ano, nada justifica que se continue a recorrer à clandestinidade, onde os perigos são enormes. Colocaram-me uma máscara com éter, mas não adormeci bem, foi um terror, referiu uma utente do sistema clandestino existente em Portugal.
A clínica espanhola Los Arcos não tem perdido tempo. Os responsáveis desta unidade de saúde, já reuniram em Novembro de 2005 com o Ministro da Saúde, no sentido de o informar da criação de uma unidade de IVG em Lisboa. A sua construção já estará a ser feita e só depois de concluída é que será pedido o licenciamento às autoridades da Saúde portuguesas. Em termos de experiência, os espanhóis levam a dianteira. No país vizinho já existem 120 unidades do género, especialmente creditadas pelo Ministério da Saúde de Espanha.
Segundo os dados oficiais do próprio Ministério da Saúde português, em 2006 já foram atendidas seis mil mulheres nos nossos serviços de saúde públicos, devido a complicações provocadas por abortos mal feitos. Destes, cerca de cinco mil terão sido abortos auto-provocados pela utilização do Cytotec, medicamento destinado ao tratamento de úlceras gástricas, mas cujo efeito secundário é o de provocar o aborto. Os outros mil terão sido provocados por abortos mal feitos em sítios ilegais.
A favor do referendo votaram 177 deputados (PS+PSD+BE), 16 contra (PCP e Verdes) e abstiveram-se 15 deputados (CDS/PP). Quem também votou contra, foi Matilde Sousa Franco, independente eleita nas listas do PS por Coimbra. A partir de agora a situação está nas mãos do Presidente da República, que deverá promulgar o referendo, o qual, tudo indica, terá lugar em Janeiro ou Fevereiro.
Por tudo o que tenho visto e lido sobre o assunto, e tem sido muito, acredito que a mulher portuguesa será mais protegida se tiver a possibilidade de optar pelo aborto até às primeiras 10 semanas, em vez de recorrer a locais que são tudo menos unidades de saúde. Quem quiser faz, quem não quiser não faz. Caberá aos defensores do não, mostrarem que eu e muitos outros estamos do lado errado. Até lá, continuo a optar pelo Sim.
in Diário de Coimbra - www.diariocoimbra - 21-12-2006
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