Através da Imprensa local, tive conhecimento há já muito algum tempo, que uma criança de apenas quatro anos, foi barbaramente atacada por um cão pit bull. Apesar de se ouvirem algumas vozes a defenderem a sociabilidade destes animais, casos como este teimam em provar o contrário. Não é preciso ser um animal de combate, para todos nós nos arriscarmos a ser mordidos. Eu próprio, há mais de um ano, também fui surpreendido com os dentes afiados desse melhor amigo do Homem. Tinha (e tem) um aspecto tão escanzelado, daqueles sem raça conhecida para um leigo, o que me preocupou. Não tinha dono, quanto mais licença ou vacinas. Tem, isso sim, é uma especial queda para afiar os dentes na vizinhança. Nisso, é um artista conhecido. Alertei as autoridades policiais e camarárias. Já passou mais de um ano (!) sobre esse incidente e os dedicados serviços camarários (canil), ainda não conseguiram apanhar esta conhecida figura residente no Bairro António Sérgio. Como curiosidade, aqui fica a fotografia do meliante, que continua a passear-se calmamente naquele bairro, a morder quem lhe apetece (e já foram várias pessoas), sem que isso incomode a quem de direito. Até quando? Já agora, quando resolverem vir apanhar esta cadela, não se enganem. É que no bairro, existem cães bastante estimados e acarinhados pelos residentes. Como parece difícil a sua captura, aqui fica o alerta para quem com ele se cruzar.
O novo Papa é o cardeal alemão Joseph Ratzinger, anunciou o primeiro dos cardeais diáconos, o chileno Jorge Arturo Medina Estevez. Ratzinger, 78 anos, escolheu o nome de Bento XVI. Minutos depois de o seu nome ter sido divulgado, Ratzinger apresentou-se à multidão na Praça de São Pedro como «um humilde trabalhador das vinhas do Senhor».
Como todos os anos acontece, alguns dos sobreviventes do acidente aéreo ocorrido em Hong Kong, a 22 de Agosto de 1999, encontraram-se para, principalmente, comemorarem o facto de estarem vivos. Às vezes, só passando por uma experiência tão traumática como aquele porque passámos, é que começamos a dar um outro valor à vida. É um bem precioso, para o qual nem sempre damos a devida atenção e importância.
Já vão fazer 6 anos em Agosto, que decorreu esse trágico acidente. Apesar disso, continua a haver um número significativo de pessoas, que faz questão de nunca faltar a estas reuniões. Ainda bem. Por poucos que sejam, continuam a ser os maiores encontros do mundo, de sobreviventes de acidentes aéreos. No nosso caso, do mesmo voo. Este ano, guardámos um minuto de silêncio em memória da nossa companheira Mécia Carapito, que acabou por falecer sem saber o resultado do nosso processo judicial. É lamentável, mas é assim que funciona a nossa justiça. Por mais papéis que se assinem, parece que o assunto está sempre na mesma. Talvez um dia tenha que dizer o que me vai na alma. Para já, também eu vou continuar a aguardar até que a minha paciência o permita, o decorrer deste longo processo.
Estes encontros, servem sempre para sabermos como vão os outros companheiros, pelo que estas reuniões deverão continuar, anualmente, apesar do desinteresse ou indisponibilidade de alguns. Apesar de tudo, espero que estejam bem. É uma terapia de grupo, que faz bem a quem participa nestes convívios. Este ano, foi em Fátima. Para o ano, logo se verá.
In "AURINEGRA" - 12-04-2005
www.aurinegra.com
Embora existam várias questões para resolver em Coimbra, parece que a cidade só tem um único problema: a co-incineração. A situação é de tal maneira importante, que nas últimas eleições legislativas, o candidato do CDS/PP, Nobre Guedes, fez deste assunto a sua principal e quase única bandeira. Este mesmo tema, já levou também ao auto-afastamento de Fausto Correia da candidatura à Câmara de Coimbra, por razões que o próprio explicou, duma forma bastante clara.
Toda esta situação, veio facilitar a recandidatura de Carlos Encarnação. Arrisca-se a ganhar, mais por eventual demérito dos adversários, do que pelos seus próprios méritos. Acontece muitas vezes. Como já escrevi, também José Sócrates beneficiou, e muito, dos deméritos dos seus principais adversários.
Por todas estas razões, Victor Baptista poderia optar pela solução mais fácil: regressava ao Governo Civil e apostava na sua recandidatura à frente da Federação de Coimbra do PS. Para surpresa de muitos, disponibilizou-se a avançar para a Câmara Municipal de Coimbra, o que é uma atitude arrojada. Não é tarefa fácil. Uma visão estritamente pessoal, aconselhava-o a tomar outra decisão. Victor Baptista tem pela frente uma difícil batalha, pelo que a sua atitude merece da parte dos socialistas de Coimbra, todo o empenhamento e disponibilidade.
E agora Victor? Como presidente da Federação de Coimbra do PS/Coimbra, está bem por dentro dos problemas que afectam os conimbricenses, e tem, duma forma regular, apresentado na imprensa as várias propostas de solução. O seu maior problema não é saber fazer, mas com quem fazer. Enquanto Carlos Encarnação tem o partido à sua volta, Victor Baptista tem de unir o que a co-incineração separou. O eleitorado tem de ter sinais que o PS/Coimbra está unido e que é uma alternativa a este executivo camarário. Um sinal de união, é juntar na mesma equipa pessoas como Rodrigues Costa, Luís Vilar, João Silva e Mário Ruivo, só para citar alguns. Seria aconselhável, que apresentasse duma única vez, a proposta do seu executivo camarário. E porque não apresentar de seguida os cabeças de lista às freguesias? É nas freguesias que começa a vitória na Câmara.
Por aquilo que tem vindo a público recentemente, parece que o PSD/Coimbra irá fazer da co-incineração uma das suas bandeiras. Ao PS/Coimbra, caberá mostrar ao eleitorado que em Coimbra há mais vida para além desse grave problema. É uma causa importante, mas não é a única, infelizmente.
In "CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS" - 07-04-2005
www.campeaoprovinvias.com
Desafiado pelo meu amigo e actual presidente do Rotary Club de Coimbra/Olivais, Wander de Carvalho, participei recentemente numa reunião de rotários, a qual se realizou no passado dia 11 de Outubro, No Hotel Meliá Coimbra. Dado ser a primeira vez que participava numa reunião do género, ia com alguma expectativa. Por um lado, iria ver por dentro uma reunião de rotários; por outro, iria assistir a uma palestra sobre um tema bastante actual: Islão e Cristianismo. O palestrante, que tive o prazer de conhecer, é portador duma grande capacidade de comunicação. Além desse factor, António Pires de Carvalho, mostrou um profundo conhecimento sobre o tema, o que obrigou a que a própria reunião se alargasse mais do que o previsto. Como o tema era aliciante e o tempo fui curto, Pires de Carvalho foi desafiado por alguns presentes e pelo presidente do Rotary dos Olivais, para continuar a tratar deste assunto numa próxima oportunidade, desta feita abordando mais o papel da Mulher na vida do Islão e do Cristianismo. Falar dos rotários, é falar acima de tudo de gente solidária. Pela primeira impressão que tive, fiquei curioso em saber mais sobre o que são os movimentos ou grupos rotários. Solidários já sei que são, e as pessoas com quem partilhei a mesa do jantar, além de solidárias foram simpáticas comigo, fazendo-me sentir um deles, o que registo com agrado. Felicito o palestrante António Pires de Carvalho, presidente do ISCAC (Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra), pela sua brilhante conferência. Agradeço a Wander de Carvalho, o simpático convite para participar num debate promovido pelo Rotary Club de Coimbra/Olivais, do qual é o actual presidente.
In JORNAL AURINEGRA - 26-10-2004
http://www.aurinegra.com/
Para desgosto de milhões de pessoas em todo o mundo, católicos e não-católicos, crentes e descrentes de qualquer religião, a vida de Karol Wojtyla está a chegar ao fim. Eleito Papa em 16 de Outubro de 1978, ao fim de três dias de conclave, aos 58 anos de idade, opta pelo nome de João Paulo II, em homenagem ao seu antecessor, cardeal Albino Luciani, que optou pelo nome papal de João Paulo I e que morreu ao fim de 33 dias depois da sua nomeação, por enfarte agudo de miocárdio. Para os mais interessados nestas coisas da religião, em especial a católica, e pela importância do momento, aqui refiro os passos seguintes à morte dum Papa, com a devida vénia ao 24Horas:
1. Confirmação da morte: Assim que o Papa morre, é logo chamado o chefe do Colégio de Cardeais, actualmente o espanhol Eduardo Martinez Somalo. De pé, ao lado do corpo, ele toca três vezes na testa do Santo Padre com um martelinho de prata e por três vezes chama pelo seu nome de baptismo (neste caso, Karol Wojtyla). Se não há resposta, o cardeal anuncia oficialmente o falecimento;
2. Anel e selo papal são destruídos: A seguir, o cardeal carmelengo quebra o anel do Pescador (que o Papa usa para lembrar o momento em que Jesus diz a Pedro que ele seria um pescador de almas e no qual está gravado o nome do Papa). É também inutilizado o selo papal, que é a marca da autenticidade dos documentos assinados pelo Papa;
3. São decretados nove dias de luto: São decretados nove dias de luto. Os aposentos privados do Sumo Pontífice são selados e a residência de Verão em Castelgandolfo é colocada sob custódia especial. Voltarão a ser abertos somente para receber o próximo Papa, quando este for eleito;
4. Enterro dentro de quatro a seis dias: O enterro não pode ser feito antes de quatro dias e depois de seis a contar da data da morte do Papa. Tradicionalmente, o Santo Padre é vestido com as vestes pontificas e dois véus de seda branca são colocados sobre as mãos e a face;
5. Colocado dentro de três caixões: O corpo do Papa é colocado dentro de três caixões que se encaixam uns nos outros. O primeiro é de cedro, posto dentro de outro feito de chumbo. É neste que está a inscrição com o nome do Papa e as datas do seu pontificado. Os dois caixões são colocados dentro de um terceiro, de olmo, sem adornos, que será levado para a entrada da Basílica de São Pedro. É ali que o Papa vai ser enterrado. Antes, é lida uma elegia, em latim, relatando os principais actos do seu pontificado;
6. Governo da Igreja em gestão corrente: Num breve período em que o governo da Igreja é entregue ao Colégio de Cardeais, mas somente para despacho de assuntos correntes ou inadiáveis e para a preparação de tudo o que é necessário à eleição do novo Pontífice;
7. Cardeais chamados ao Vaticano: Este período acaba entre 15 a 20 dias após a morte do Papa, altura em que deve reunir o Conclave. Para este encontro secreto serão chamados ao Vaticano todos os cardeais com menos de 80 anos, que são 117 actualmente: 58 europeus, 14 norte-americanos, 21 latino-americanos, 11 africanos, 11 asiáticos e 2 da Oceânia. Entre eles escolherão o sucessor de João Paulo II;
8. Isolados do resto do mundo: As portas são seladas e fechadas por fora. Durante nove dias ou até que a escolha seja feita, os cardeais ficarão isolados do mundo (sem telefones, jornais, rádio ou televisão), recolhidos em aposentos especiais, junto à Capela Sistina, onde tem lugar o conclave propriamente dito. Lá dentro, tudo se passa tal e qual como no famoso filme As Sandálias do Pescador, com Anthony Quinn, que recentemente a RTP voltou a exibir;
9. Duas votações em cada dia: o voto é individual e secreto. Diariamente fazem-se duas votações, uma pela manhã e outra à tarde, durante o tempo que for necessário. O Papa deve ser eleito com dois terços dos votos, mas está prevista a possibilidade de escolha por maioria absoluta simples, caso os cardeais não tenham conseguido chegar a um acordo ao fim de 24 escrutínios;
10. Fumo negro ou fumo branco?: Cada cardeal deposita o seu voto num cálice, sobre o altar. Depois de cada sessão, os boletins de votos são queimados. Se a votação não foi conclusiva, uma substância química é adicionada aos papeis para que eles produzam fumo negro ao arder. O fumo sai pela chaminé, no telhado do Palácio do Vaticano, e é um sinal para a multidão que espera por notícias na Praça de São Pedro;
11. Comunico-vos uma grande alegria: Quando o Papa é escolhido, o fumo que sai é branco. O novo Pontífice é então levado para um quarto ao lado e vestido com as roupas papais. Os cardeais prestam-lhe a sua primeira homenagem. Finalmente, é anunciado da varanda do Vaticano: Comunico-vos uma grande alegria. Temos Papa. E o sucessor de S. Pedro aparece aos milhares de fiéis e dá a sua primeira bênção.
Apesar de ter algumas divergências de opinião com João Paulo II, com o qual tive o privilégio de estar perto por duas vezes, ele é, para mim, seguramente um dos Papas mais importantes que a Igreja Católica teve até hoje. Na altura em que escrevo este artigo, o Papa está em agonia. Mas, tenho dúvidas que ele ainda esteja vivo, na altura da sua publicação.
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